Há dois anos, durante uma aula, após interferir em mais
um conflito entre alunos – valendo-me do tríplice antídoto: tolerância, diálogo
e bom-humor –, uma estudante do 6º ano dirigiu-se a mim:
– Ô, pró, a senhora é tão boazinha!
– Não, não sou ‘boazinha’!
Mas, entendo que todos nós devemos seguir o propósito de sermos cada vez
melhores! – objetei.
Aliás, confesso ter ojeriza à conotação dada a essa
expressão. No vocabulário escolar, a/o professor/a bonzinho/boazinha sugere aquela
pessoa que concentra a híbrida composição de lerda e boba, ou mesmo coitada!
Nesses termos, desobrigo-me de ser boazinha!
Persigo, diuturnamente, o ideal de ser uma pessoa que
congregue, entre diversos atributos, a bondade. Não que já seja uma boa pessoa,
simplesmente recuso-me a continuar sendo má!
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